Estudo do IDC Brasil calcula que cerca de 60 milhões de aparelhos celulares com acesso à internet serão vendidos em 2015, acompanhando os lançamentos constantes de novos modelos e a democratização do acesso – mais de 55% da população já trocou os feature phones por celulares inteligentes.
O avanço do mercado de celulares também tem relação com o avanço do “empoderamento” da sociedade, especialmente dos mais jovens. Agora, os mais variados recursos tecnológicos estão ao alcance das pessoas, tornando o acesso mais universalizado e democrático. Qualquer pessoa que disponha de um smartphone, por exemplo, também pode produzir conteúdos digitais, como vídeos e fotos, e compartilhá-los na internet instantaneamente.
Mercados em mutação
Esse tipo de movimento tem contribuído para reconfigurar diversos setores da economia que envolvem a circulação de informações. Junto das novas formas de se consumir notícia e da mudança das plataformas prioritárias – as pessoas já passam mais tempo na internet do que em frente à televisão nas horas vagas –, o jornalismo e a publicidade precisaram se adaptar aos novos tempos e também a abrir mais espaço ao consumidor de informação, que se tornou um produtor de relevância considerável.
Esse é apenas um exemplo. Diversos outros segmentos da economia estão sendo afetados pela crescente presença das redes sociais na vida das pessoas, sobretudo via dispositivos móveis.
Relatório do Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br) informa que mais de 90 milhões de brasileiros acessam contas pessoais em diferentes sites de sociabilização, seja no domicílio, no trabalho ou na rua.
Obviamente, as empresas observam esse movimento e tentam acompanhá-lo da melhor forma possível.
As ações que visam atingir consumidores, fornecedores, parceiros e acionistas já têm operado segundo a nova lógica de interação social. Mas não foram apenas essas regras que mudaram – até a comunicação interna coorporativa sofreu alterações relevantes para aumentar o impacto entre os colaboradores.
Novos aliados
Mesmo sem a orientação ou o consentimento das organizações, os dispositivos móveis também têm sido crescentemente usados como ferramentas de trabalho. Como eles, tornou-se possível checar e enviar e-mails, acessar arquivos em nuvens, compartilhar informações e muitas outras tarefas que, antes, eram restritas ao tempo e ao local do escritório. Os dispositivos móveis ampliaram o ambiente de trabalho também para o mundo virtual.
Muitas companhias inclusive já contam com os diferentes dispositivos pessoais de seus funcionários para funções do cotidiano. Isso tem ajudado a flexibilizar a relação de trabalho e também encontra maior sintonia com as preferências dos colaboradores, que passaram a poder escolher que tipo de aparelho usar.
Em alguns segmentos, no momento da entrevista, tornou-se comum indagar se o aspirante a determinada vaga possui smartphone, laptop ou tablet com tecnologia suficiente para acompanhar o tipo de comunicação adotado. Além disso, a praticidade alcançada com os dispositivos móveis tem motivado investimentos pessoais em melhores equipamentos.
Não por acaso, o comércio desses equipamentos tecnológicos tem apresentado resultados muito melhores do que os computadores fixos. Essa tendência também é acompanhada pelos aplicativos modernos, que também tem priorizado a portabilidade e a agilidade no fluxo de informações.
Segurança
No entanto, soluções costumam estar sempre acompanhadas de novos problemas. Toda essa facilidade em acessar informações e arquivos profissionais também abre espaço para riscos para as empresas. Por serem dispositivos pessoais, o controle das áreas de TI das organizações possuem mais dificuldades para saber que tipo de acesso está sendo feito, assim como suas finalidades.
Para evitar vazamento, perda e mau uso de dados confidenciais à empresa, os funcionários precisam estar cientes de suas responsabilidades e das melhores precauções. Porém, essa é uma tarefa que as empresas precisam ser atuantes também, incorporando constantemente soluções atuais e implementando tecnologias que possam ajudar.
As mudanças são muitas e já bem percebidas pelo ambiente corporativo. É preciso acompanhá-las com bom senso e informação, para que sejam incorporadas da melhor forma.
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