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wearablesApesar de ainda não ter se popularizado no Brasil, os dispositivos “de vestir” – ou wearables – são o que há de mais novo e promissor no universo da tecnologia. A tendência acompanha a evolução dos dispositivos móveis, que já correspondem a uma fatia considerável do mercado de informática e estão cada vez mais integrados ao ambiente de trabalho.

Produtos variados como relógios, pulseiras, anéis, óculos e até chaveiros são capazes de realizar tarefas normais a qualquer computador. A funcionalidade é variada e muitos recursos ainda estão em testes.

Porém, já é possível conectar-se à Internet, receber e-mails, conversar, filmar, compartilhar conteúdos, além de realizar tarefas mais específicas: fazer rastreamento com GPS (de pessoas, crianças e animais) ou acompanhar frequências cardíacas e outros índices de saúde.

Os números mostram que, embora ainda suscitem dúvidas, os wearables vieram para ficar. Segundo levantamento do IDC, 19,6 milhões de produtos desse tipo foram vendidos em 2014, e a expectativa é que esta quantia dobre em 2015.

O estudo ainda projeta que, até 2019, mais de 126 milhões de unidades já estejam espalhadas pelo mundo todo, especialmente os itens para vestir no punho.

Tamanha funcionalidade e tecnologia já começam a ser implementadas às diferentes rotinas de trabalho. No campo da medicina, por exemplo, braceletes podem informar os sinais vitais dos pacientes aos médicos remotamente.

Relógios também podem exercer funções semelhantes às de um smartphone: acesso à internet, calendário, lista de contatos e troca de arquivos via Internet ou bluetooth.

Atenção redobrada

Para as empresas e organizações, essa nova era tecnológica também é acompanhada de riscos e desafios. A exemplo do que já acontece com os dispositivos móveis particulares que também são usados por funcionários no trabalho (notebooks, tablets, smartphones etc.), os wearables podem ser nocivos para a integridade de informações e arquivos confidenciais.

A preocupação com relação à segurança e privacidade tem mobilizado os departamentos de TI atualmente. O desafio de controlar o arquivamento, hospedagem e fluxo de informações é ainda maior quando os funcionários são descuidados ao utilizarem seus dispositivos pessoais, o que acontece com muita frequência.

Assim como ocorre com dispositivos móveis normais, os profissionais de tecnologia da informação também precisam estender seus esforços aos wearables. As possibilidades de vazamento de dados sigilosos nessas novas plataformas também devem ser previstas e combatidas.

Para realizar essa tarefa, é possível lançar mão de políticas de uso tecnológico, através de protocolos claros e rigorosos, de treinamento contínuo para os colaboradores, além de medidas de proteção às redes de acesso à internet ou mesmo dos dispositivos de funcionários que são trazidos para o trabalho. Investimentos em prevenção que podem poupar gastos, perda de patrimônio intelectual e diferencial competitivo.

Futuro

Ainda há muitas dúvidas e barreiras a ultrapassar. O consumo de energia dos aparelhos é um deles, visto que necessitam de carregadores específicos e consomem muita energia. A total aderência dessa tecnologia também depende da substituição de objetos essenciais atualmente, como chaves, cartões de crédito e documentos de identidade.

Felizmente, para contornar as possibilidades mais nebulosas, há uma crescente onda de soluções de gerenciamento de TI. Faça um estudo rigoroso sobre os dispositivos que estão sendo usados, a quantidade e o nível de importância dos arquivos que pretende proteger e o orçamento que está sendo usado para o apoio tecnológico. Tudo isso pode te ajudar a encontrar o caminho mais eficiente e compatível com a expansão do mercado de wearables.

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