Muito se fala sobre como criar comprometimento nas novas gerações, conhecidas como X e Y, no mercado de trabalho.
Essa classificação é baseada no ano de nascimento dos jovens – algo que pode ser usado como uma referência, claro, mas que não possui um embasamento científico forte. A geração X engloba quem nasceu de 1960 a 1980, e, a Y, a partir de 1980 à primeira década dos anos 2000.
A Y também é chamada de geração Millennials, expressão utilizada por Niel Howe e William Struass no livro Millennial Rising. Em linhas gerais, ela vem se desenvolvendo para combater os hábitos da geração Woodstock e busca uma identidade própria.
De acordo com a PricewaterhouseCoopers, em 2020, metade dos trabalhadores da América será de Millenials de 20 e 30 e poucos anos. Já se sabe que são pessoas que buscam trabalhar com o que realmente gostam, mesmo que isso signifique ganhar menos.
Os mais velhos dizem que eles “não vestem a camisa” das empresas, e que se desfazem dos empregos facilmente.
Porém, essa geração tem aspectos positivos muito fortes, que podem ser explorados no ambiente corporativo. Além da esperada agilidade e da natural intimidade com a tecnologia, ela não abre mão de suas ideias e ideologias, e entende que, se trabalhar duro, vai progredir.
Dezenas de artigos e blogs são escritos mensalmente sobre o quão diferente esta nova geração é de seus antecessores. Cabe aos empregadores entender a diferença que o posicionamento da geração Millennials pode fazer para sua empresa.
É uma geração que tem prosperado no mercado. Muitas companhias têm apostado mais e mais nos jovens e em suas contratações – geralmente, jovens adultos que acabaram de se formar na faculdade.
Para as empresas de tecnologia, esses jovens profissionais são perfeitamente adequados, sobretudo para as organizações que primam por uma prestação de serviço ao cliente de classe mundial em suporte de produtos. Isso ocorre porque:
· O consumo de TI significa que novas ofertas e soluções (como mobilidade) faz todo o sentido para a geração que já nasceu com um dispositivo nas mãos;
· Pais que ainda cultivam costumes mais antigos e se preocupam com o modo como os outros são tratados repassaram aos filhos uma noção de como os clientes e colegas de trabalho devem ser tratados. Por mais que haja modernidade e inovação, bons valores ainda são preservados;
· A sociedade hoje dependente de mídias sociais já entendeu o quanto pode custar lidar com conteúdos inapropriados ou não atender a necessidade de resposta imediata em canais de comunicação que funcionam em tempo real.
É preciso, por isso, que as empresas, principalmente às de tecnologia ou ligadas ao tema, aprendam a atrair, reter e cultivar o talento das novas gerações. As qualidades e pontos fortes desses novos profissionais podem contribuir de forma decisiva para o desenvolvimento de um negócio.
É preciso se aproximar dos jovens: converse com eles, pergunte o que pensam. Talvez, você se surpreenda ao descobrir o quanto eles já sabem e como são capazes de abraçar uma responsabilidade quando ela é claramente designada a eles.
O primeiro passo para mudar o modo como os Millennials encaram e são vistos pelo mercado de trabalho pode ser dado, exatamente, por quem está nesse mercado há mais tempo.
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