O carregamento sem fio de eletrônicos já é uma realidade há bastante tempo, mas ainda está longe de ser algo tão ubíquo quanto, por exemplo, o USB. Uma das razões para essa situação é que a indústria ainda não entrou em acordo quanto a quem deve reger suas especificações. Mas recentemente (01/05) presenciamos um sinal de que isso pode mudar: dois grandes consórcios de padrões de carregamento sem fio se uniram.
Atualmente, existem três grandes padrões de carregamento sem fio: Qi, Rezence e PMA. Essas especificações eram desenvolvidas, respectivamente, pelos três maiores consórcios do segmento: a Wireless Power Consortium (que inclui empresas como Microsoft, Asus e Panasonic), a Alliance for Wireless Power (que conta com a Dell, a HTC e a Intel) e a Power Matters Alliance (que reúne a Sony, a Samsung e até o Starbucks). Agora, a Power Matters Alliance (PMA) e a Alliance for Wireless Power (A4PW) se fundiram. Crucialmente, isso quer dizer que existem menos chances de, no futuro, você comprar um carregador sem fio que não funcione com o seu aparelho.
Mas esse processo pode não ser tão imediato. Os três sistemas de carregamento sem fio citados acima usam indução eletromagnética para gerar uma corrente no aparelho que está sendo carregado, mas cada um tem uma abordagem diferente. A PMA opera no que o a indústria chama de modo “indutivo” (apesar da redundância), que consiste em duas bobinas em acoplamento próximo que transmitem energia em uma frequência diferente da frequência ressonante. O Rezence faz o oposto: ele utiliza frequências ressonantes para transmitir energia entre duas bobinas distantes.
Na prática, isso quer dizer que o PMA precisa que o aparelho fique muito próximo do carregador, enquanto o Rezence pode funcionar a distâncias em torno de 0,5 m. A Qi, por sua vez, aceita ambos pelo menos na teoria, mas nem todos os carregadores implementam essa capacidades. Um exemplo de suporte amplo é um chip lançado pela Broadcom ano passado.
Em outras palavras, juntar o PMA e o Rezence é perfeitamente possível, mas deve demorar um pouco. Afinal, a fusão aconteceu a pouco tempo e o novo comitê ainda nem decidiu seu nome (ou seja, em linha com a tradição de agilidade dos consórcios de padrões).
Via: InfoAbril
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