Internet móvel brasileira cresce 48%

Segundo relatório da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil) o Brasil teve até julho 110 milhões de acessos à internet. O interessante é que foram 89 milhões de conexões em aparelhos móveis, como smartphones e tablets, e 21 milhões de conexões fixas. Com isso, a internet móvel cresceu 48% no país em um ano e aumentou sua parcela no total de conexões, chegando a 81%.

No entanto, os números da Telebrasil divergem dos apresentados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Isso porque elas usam critérios diferentes para contar as conexões ativas. Para a Anatel, foram 81 milhões de conexões móveis de dados até julho, de um total de 267 milhões de linhas celulares.

Segundo a Anatel, as redes 4G LTE ainda estão engatinhando, pois foram apenas 257 mil conexões usando tecnologia 4G. Por outro lado, de cada cinco linhas celulares em uso, quatro são pré-pagas no Brasil.

Outra característica interessante é que o mercado de celulares está mais maduro. O que evidencia isso é o ritmo mais lento da expansão das redes, que era rápida há dois ou três anos. A Anatel contabilizou 1,26 milhão de novas conexões foram ativadas, um incremento de menos de 0,5% na base instalada.

Segundo a Telebrasil, a banda larga fixa cresceu 12% em um ano, fechando julho com 44,6 milhões de acessos. Mesmo assim, ela poderia ter crescido mais, pois uma pesquisa do Instituto Data Popular revelou que por volta de 7,1 milhões de brasileiros não assinam um serviço de internet e usam banda larga "emprestada" de algum vizinho. A pesquisa foi realizada em junho e abrange 2.000 pessoas de cem cidades de todos os Estados.

Isso significa que uma família assina a banda larga, enquanto os vizinhos pagam um ‘aluguel’ pelo uso. A maioria que adota tal prática é classe média, com cerca de 10%, ante 4% de internautas tanto da classe alta quanto da classe baixa que usam uma conexão compartilhada.

Segundo o Instituto Data Popular, isso ocorre porque os assinantes de banda larga com menos poder aquisitivo pagam por um plano mais lento, que não dá para ser usado por outras pessoas.

Você conhece alguém que compartilha a banda larga? Já virou um hábito acessar a internet pelo celular em vez do desktop? Compartilhe sua rotina nos comentários.

Imagem: info.abril.com.br