Inúmeros são os filmes que mostraram um futuro high-tech, em que geladeiras, relógios, automóveis e robôs em geral se comunicavam com os humanos, os serviam e facilitavam suas vidas.
É como se os filmes fossem capaz de prever, ou como se a vida fosse realmente apta a imitá-los.
Vivemos hoje a era da Internet of Things (IoT, ou “Internet das Coisas”), e que quer dizer isso mesmo: coisas conectadas à nossa volta, sincronizando agendas e contatos, lembrando o que temos a fazer, lendo nossos e-mails em alto e bom som e tornando nossas rotinas mais práticas e dependentes desses robôs incríveis.
O que era tendência já está amplamente consolidado, e há quem aposte em uma evolução da IoT, que seria a IoE, sigla para Internet of Everything. As possibilidades de conexão e a velocidade em que ela acontece criam uma marca na história da tecnologia: não haverá mais coisas não conectadas. Isso é passado.
Especialistas explicam que a IoT consiste no fato de termos bilhões de objetos conectados; já a IoE abrange as redes que suportam os dados criados por esses objetos. E as coisas devem ganhar vida rapidamente: se hoje se estima que apenas 1% delas esteja conectada, em cinco anos a previsão é de que haja 50 bilhões delas na Internet.
Essa evolução envolverá montantes incríveis de dinheiro: segundo a Cisco, também em cinco anos a IoE movimentará 19 trilhões de dólares.
Panorama nacional
O Brasil já é parte desse cenário. Há alguns setores avançados no tema. A automação industrial é um exemplo: a área de TI consegue se manter conectada ao chão de fábrica graças à IoT – os equipamentos móveis passam a ser utilizados para a produção de relatórios e a operação das máquinas, com informações em tempo real.
O setor de energia elétrica também tem sido citado por especialistas. A cidade de Aparecida do Norte, interior de São Paulo, recebeu um projeto de smart grid, que instalou medidores eletrônicos de energia em 14 mil pontos de consumo.
Dessa forma, é possível acompanhar o consumo e a gestão dos dados instantaneamente, buscando-se, assim, melhor eficiência do serviço. Rio de Janeiro, Curitiba e Piraí são outros destinos que já lidam com tecnologias semelhantes.
Esse tipo de iniciativa coloca o Brasil em outro rol: o dos países que possuem as chamadas cidades inteligentes. Com tecnologia empregada em diversos setores, e seguindo propósitos diversos, elas passam a trabalhar a informação a seu favor, buscando melhorias nos serviços e cortes nas despesas, além de evitar desperdícios de quaisquer formas.
Quem ganha? Todos nós. Se a tecnologia é empregada de forma adequada, assegurando dados e permitindo a mobilidade, humanos, coisas e cidades estarão cada vez mais integrados. Ganham a economia, a segurança, o lazer, a produção e a qualidade de vida.
Tudo passa a ser mais fácil, acessível e possível, exatamente como... Nos filmes!
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