Ataques e manobras de hackers às instituições financeiras são preocupações constantes dos usuários e das próprias empresas.
A crescente digitalização das operações bancárias, que tem contribuído para dinamizar a circulação de investimentos e as transações comerciais, também é acompanhada de ameaças cada vez mais complexas no quesito segurança da informação.
Embora os órgãos regulamentadores do setor exijam investimentos de bancos e seguradoras em tecnologias capazes de evitar ataques e fraudes virtuais, especialistas alertam para as brechas existentes nos sistemas de segurança.
A maior parte das instituições financeiras ainda não está completamente preparada para detectar e reportar as ameaças que surgem, mesmo com ataques de escala reduzida, se expondo a colapsos generalizados.
Os clientes exigem e possuem grande expectativa com relação às soluções mais eficientes para proteger seus bens e dados pessoais. A preocupação aumentou ainda mais com as novas ofertas de serviços via internet e, especialmente, pelo celular.
Por isso, espera-se que os serviços virtuais dos bancos estejam protegidos contra fraudes, softwares maliciosos e invasões de todos os tipos.
Para atacar as instituições financeiras, os cibercriminosos têm direcionado seus esforços nas brechas deixadas pelos usuários em seus dispositivos pessoais e móveis. Novos malwares são detectados diariamente em smartphones, cujo consumo e número de usuários dispararam nos últimos anos no Brasil.
Portanto, a segurança das empresas do setor não se limita mais ao simples controle rigoroso de seus servidores e fluxos internos.
Para se proteger contra ataques virtuais, as instituições financeiras precisam investir em soluções de médio e longo prazos, buscando atualizar seus métodos de controle conforme a evolução das ameaças.
Confira algumas das práticas de defesa mais relevantes já existentes.
Controle os riscos dos aplicativos e interações financeiras realizadas com os clientes
Certifique-se de levar em conta as informações sobre perfil do usuário, o volume e a capacidade das suas transações, além de como os dispositivos móveis dele interagem com suas plataformas. A revisão constante dos seus sistemas e interações é fundamental para prevenir riscos e direcionar investimentos.
Os impactos negativos para sua empresa podem ser materializados não apenas financeiramente, como também pela perda de credibilidade e descontrole corporativo.
Programe autenticações de segurança fortes e difíceis de corromper
Evite deixar a critério dos clientes a escolha de senhas fortes para proteger o acesso de suas contas pessoais. Especialmente quando se tratar de transações e movimentações financeiras, solicite mais do que apenas a senha do usuário. Métodos de autenticação dupla como por meio de tokens não são mais tão confiáveis atualmente e podem apresentar falhas de segurança.
Pesquise tecnologias mais avançadas de proteção ao usuário
Autenticações biométricas por impressão digital ou cookies que expiram após uma única sessão seriam alternativas. Vale ressaltar que a sobreposição de diferentes métodos de autenticação pode ser uma boa saída para diminuir os riscos em ambientes virtuais com finalidades financeiras.
Envolva os clientes na proteção e trabalhe a conscientização
Também é papel das instituições financeiras educar e treinar os usuários de seus serviços online a se comportarem de forma segura e preventiva, assim como as atitudes que devem ser tomadas caso detectem problemas e comportamentos suspeitos. Alguns bancos notificam seus clientes quando observam operações fora do padrão a fim de validá-las.
A competitividade dos bancos está diretamente relacionada à suas capacidades de manterem uma boa imagem e reputação junto aos seus clientes.
Para que isso aconteça, é necessário investir constantemente em sistemas de proteção à identidade e ao patrimônio de seus associados. Proteger os clientes de possíveis ataques virtuais tende a ser o segredo do sucesso para qualquer instituição financeira.
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