No ano passado, a Cisco fez uma previsão que pode soar pessimista aos ouvidos dos mais desavisados, mas que, na verdade, escancara a vulnerabilidade do mercado de TI: em 25 anos, apenas um terço das atuais empresas da área estarão ainda na ativa.
E isso incluiria as grandes. Parece improvável? HP e IBM, por exemplo, não têm apresentado taxas representativas de crescimento nos últimos anos.
Os especialistas da empresa fizeram o exercício contrário, e olharam para o passado: das companhias que obtiveram destaque na Revista Fortune há exatos 25 anos, 24% delas existem.
O ano passado já não foi um bom período para o setor: muitos fornecedores pareceram perder o rumo e se enfraquecer, como se estivessem instintivamente abrindo lugar para os que virão.
A Gartner concorda e engrossa o discurso. Para eles, isso ocorre porque a prestação de serviços mudou. O Big Data estaria transformando a necessidade de agilidade para clientes e fornecedores.
As publicações de TI também conseguem emprestar suas previsões ao mercado, já que estão profundamente envolvidas com as negociações, projeções e perspectivas. A TecMundo, por exemplo, já havia afirmado que grandes empresas têm dificuldades em se transformar para atender a novas necessidades e mercados, e isso acaba as matando.
De acordo com ela, nomes como Nokia, Microsoft, Sony e Intel poderiam não mais existir em apenas quatro anos. A falta de capacidade para lidar com sistemas concorrentes mais novos ou mesmo para identificar tendências como a portabilidade e a computação em nuvem podem fazer com que essas grandes marcas percam posicionamento.
A Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes) também apresentou, há pouco mais de um ano, dados que servem como um alerta para os profissionais da área:
· O setor de TI no Brasil fecharia 2013 com um crescimento de 14,5% em relação ao ano anterior;
· O Brasil alcançaria, assim, a maior taxa de crescimento do mundo, passando a China, que obteve 14%;
· 86% das empresas que produzem software aqui são pequenas e microempresas;
· Até 2020, 90% do crescimento do mercado será direcionado para mobile, redes sociais, Big Data e computação em nuvem.
Tendências que se consolidam
As empresas têm que ficar alertas para as soluções que surgem e que se concretizam no mercado. Estar apta a atender os clientes nesses novos âmbitos é essencial para se manter saudável. Não dá mais para ignorar:
· Computação em nuvem;
· Mobilidade;
· Sistemas colaborativos;
· Redes sociais;
· Big Data;
· Internet das Coisas.
Os analistas também indicam que a destreza para lidar com os novos orçamentos, apertados e extremamente controlados, é essencial para manter as empresas vivas. Profissionais acostumados às práticas antigas desse mercado, que já teve muito mais dinheiro em mãos, podem ter grandes dificuldades com essa questão.
É preciso, portanto, manter o espírito da competitividade vivo, e isso pode ser um bom desafio em um mercado como o de TI, que muda constantemente.
Mantenha sua equipe treinada e bem informada sobre as tendências e pondere sobre como trabalhar com verbas muito enxutas. Para se manter firme, considere fechar parcerias, também com grandes empresas internacionais – elas buscam parceiros em outras regiões, e essa pode ser uma oportunidade interessante para as duas pontas.
A integração entre o controle de custos e TI é o que fará a diferença, possibilitando o trabalho com orçamentos enxutos sem perder recursos ou produtividade. A horá é de firmar parcerias com empresas especialistas em tecnologia, ativos de TI e gestão de custos, para continuarmos avançando no futuro e assegurando nossa longevidade.
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