O nome e o logo da Apple fazem referências a duas importantes maças na história da humanidade, a primeira foi o fruto proibido comido por Eva e Adão levando ambos a serem expulsos do paraíso, mas com isso receberam o dom mais importante do homem, o livre arbítrio.
A segunda é a que caiu na cabeça de Newton e mudou todo o rumo da ciência da humanidade.
Não tenho dúvidas que, como a maça de Newton, a de Jobs nos levou a outro patamar de tecnologia, mas discordo que ela foi mordida e nos deu liberdade de escolha. A Apple é a empresa que mais controla seus usuários, nos forçando a fazerem tudo como desejam.
Meu objetivo não é questionar algo que foi externado muitas vezes pelo Jobs. É dele a famosa frase: “as pessoas não sabem o que querem até mostrarmos a elas”.
Acho essa afirmação bastante válida em muitos momentos, pois não devemos deixar uma tendência limitar nossa criatividade, mas não tomo isso como verdade absoluta, acho que dependendo da situação é muito importante escutar seu usuário.
Quando falamos de um dispositivo para massas, vemos que essa fórmula se mostrou de extremo sucesso, já que a Apple se tornou a empresa mais valiosa do mundo.
Porém devemos lembrar que existem exceções e que muitas vezes os usuários precisam de mais liberdade, principalmente quando esse usuário é uma corporação.
Acho interessante que empresas estejam adotando Ipads como ferramentas corporativas, não pela qualidade do equipamento, que para mim é o melhor tablet para entregar informações, mas pelas limitações operacionais que ele traz.
Nós, consumidores gostamos dessa escravidão, isso muitas vezes é cômodo e evita que precisemos pensar, mas ver corporações comprando com o coração ao invés da razão me parece um fenômeno incrível e mais um feito inacreditável de Jobs.
Um paralelo simples é pensar na área de TI desenvolvendo um projeto para melhorar algum processo da empresa e não envolver os usuários. Para mim isso é um grande erro, por isso acredito que as empresas deveriam analisar com mais critério a adoção de tecnologias voltadas ao consumidor final e que restringem suas possibilidades de operação.
Não que muitas coisas não possam ser aproveitadas, mas a Apple sempre foi muito fiel ao seu objetivo de produzir dispositivos para o consumidor final, por que então algumas empresas buscam esse tipo de solução ao invés das que são desenvolvidas para o mercado corporativo?
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