O que é biometria grafométrica?

A biometria, considerada um dos métodos mais seguros de identificação, está cada vez mais presente no dia a dia. Em bancos, aeroportos, empresas, eleições e até mesmo no destravamento de telefones celulares é possível se beneficiar dessa tecnologia, que utiliza as características únicas de cada indivíduo para realizar a identificação.

Baseada nas características humanas, a biometria já era usada na China do século IX, quando comerciantes confirmavam a identidade dos clientes por meio da gravação das impressões digitais em tábuas de barro. De forma geral, os sistemas biométricos fazem o registro de determinada característica da pessoa (suas impressões digitais, íris, palma da mão ou voz, por exemplo) e comparam esse registro com as informações existentes no banco de dados.

Uma outra forma de biometria muito utilizada é a grafométrica, que autentica a assinatura digital de uma pessoa ao avaliar os atributos físicos (como o desenho e o tamanho das letras) e comportamentais (como a pressão e a velocidade empregada no ato de escrever). O registro é feito com caneta e tablets específicos e é mais seguro que imagens gráficas, uma vez que também utiliza características de comportamento que representam o estilo único de assinatura do indivíduo.

Muitas empresas consideram a biometria grafométrica uma solução eficiente para reduzir custos e agilizar procedimentos. Suas principais aplicações têm sido para viabilizar a formalização de contratos e de negócios em ambiente digital, diminuindo a perda de tempo com burocracias relacionadas aos documentos físicos. O sistema ainda evita a impressão de documentos, o que reduz custos com o consumo de papéis e diminui o impacto no meio ambiente.

Uma vez que a informação grafométrica já está naturalmente digitalizada, seu armazenamento é mais simples e permite a criação de processos eletrônicos de análise e aprovação dos documentos, trazendo ainda mais agilidade e evitando incidentes como o extravio de documentos.

A biometria grafométrica tem valor legal: em 2012 o Governo Federal aprovou a Lei 12.682, que garante a validade jurídica de documentos digitalizados e distribuídos eletronicamente no País. Esses documentos passaram a ter o mesmo valor legal que documentos em papel quando certificados digitalmente. Bancos e cartórios são os setores mais avançados no uso desse tipo de tecnologia no Brasil, mas existe grande potencial para aplicação em segmentos como educação, governo, defesa e varejo.

A biometria é uma inovação que se tornou realidade e está presente na vida da população, que deseja a velocidade, praticidade, comodidade e segurança trazidas por essas soluções. No caso da grafometria, a maior barreira cultural à adoção é a substituição dos documentos impressos por suas versões digitais, uma barreira que cai dia após dia com a própria digitalização da vida cotidiana. Quando o consumidor se sente seguro em apresentar seu celular com a imagem de seu ingresso no cinema, passa a esperar esse tipo de praticidade em outros momentos de sua vida, impulsionando o crescimento das tecnologias de biometria.

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